Credor, Devedor e agora inadimplente

Quais são as definições de credor e devedor?

Qual a diferença entre devedor e inadimplente?

Primeiramente veremos qual a definição destas palavras conforme o dicionário Aurélio.

CREDOR: 1. Merecedor, digno. 2. Aquele a quem se deve dinheiro ou outra coisa.

DEVEDOR: 1. Que deve 2. Que constitui débito. 3. Aquele que deve.

INADIMPLENTE: Diz do devedor que incorre em inadimplência.

INADIMPLÊNCIA: Falta de cumprimento de um contrato ou de qualquer de suas condições.

As definições acima explicitam muito bem o que significa cada uma das palavras no sistema financeiro, mas para conotar ainda mais o significado vamos definir os termos especificamente para o sistema bancário.

CREDOR – é aquele que possui saldo positivo em conta corrente ou é detentor de aplicações junto ao banco onde é correntista ou poupador;

DEVEDOR – é aquele que utiliza recursos da instituição financeira por qualquer uma das diversas modalidades de crédito oferecidas pelos bancos. É o individuo que utiliza o cheque especial, o limite rotativo do cartão de crédito, possui financiamento ou empréstimo pessoal, ou seja, aquele que paga juros ao banco pela utilização de recursos que na são seus;

Agora o que muitos não sabem é que os bancos são apenas intermediários entre os credores e os devedores, pois recebem por meio de depósitos o dinheiro dos credores, mantidos em conta ou em aplicações remuneradas e emprestam aos devedores por meios de diversas linhas de crédito cobrando juros sobre esses valores.

Portanto só existe credor se existir o devedor e vice-versa.

E quanto ao Inadimplente, quem é ele?

A inadimplência é o estágio que nenhum devedor almeja atingir, pois se trata da condição de incapacidade de pagamento dos créditos tomados junto aos credores, ou seja, a falta de cobertura do saldo devedor o atraso no pagamento da fatura do cartão ou das parcelas do empréstimo.

Quem em perfeito juízo gostaria de chegar nesta condição?

Quem não está, certamente conhece alguém que se encontra totalmente endividado, com as finanças no vermelho e sem a menor perspectiva de sair dessa situação.

Mas como uma pessoa pode chegar a essa condição? Quais os motivos que ocasionam esse cenário?

Vários acontecimentos podem levar uma pessoa ao total endividamento, como problemas graves de saúde na família, insucessos na tentativa de abrir um negócio próprio, separação conjugal, entre outros.

Mas esses como outros fatores são eventualidades e não podem ser previstos ou dimensionados, mas existe um tipo de devedor que segue um roteiro básico de endividamento ocasionado pelo mau uso das diversas modalidades de crédito disponibilizadas pelas instituições financeiras em conjunto com a falta de planejamento ou disciplina financeira.

Para traçar o roteiro vamos considerar uma pessoa com trabalho estável com uma renda de R$2.000,00 e sem nenhuma dívida em curso.

Passo 1 – As receitas mensais começam a ser insuficientes para pagar todas as despesas  devido ao aumento nas  já existentes ou pelo aparecimento de novas despesas desnecessárias;

Passo 2- Para suprir o déficit mensal começa a ser utilizado o limite de cheque especial de maneira constante, aumentando ainda mais o problema devido aos juros cobrados;

Passo 3- As compras são direcionadas para o cartão de crédito, mas devido à falta de recursos somente é efetuado o pagamento mínimo do valor da fatura. Novo agravamento da situação, devido aos juros;

Passo 4- Em contato com o banco na busca de resolver o problema do cheque especial e do cartão de crédito é aconselhado a contratar um empréstimo pessoal a juros inferiores ao do cartão e do cheque especial. Se considerarmos as taxas de juros dos produtos citados a solução encontrada é viável, mas com as facilidades oferecidas o cliente abusa e contrata um valor maior do que seria necessário para a cobertura do cheque especial e pagamento do cartão de crédito;

Passo 5- Mesmo resolvendo o problema do cheque especial e do cartão de crédito, isso é apenas paliativo, pois a grande questão e diminuir as despesas ou aumentar as receitas, o que não foi equacionado.

Passo 6- Como as despesas não foram reduzidas e sim as receitas, devido a parcela do empréstimo contratado, o ciclo inicia-se novamente até o ponto que não será possível efetuar o empréstimo devido ao percentual máximo de comprometimento da renda, que é de 30% e no nosso exemplo resultaria numa parcela de R$ 600,00;

Passo 7- Após poucos ou vários ciclos contínuos como o citado nos passos anteriores o nosso devedor encontra-se na seguinte situação:

Salário Liquido: R$ 2.000,00

Parcelas de empréstimos pessoais: R$ 600,00

Juros do cheque especial com limite de R$ 1.500,00 e utilização total: Cerca de R$ 120,00 (taxa de 8% a.m.)

Juros do cartão de crédito com limite de R$ 2.000,00 e pagamento do mínimo (20% do valor da fatura): R$ 160,00 (taxa de 10% a.m.)

Tarifas cobradas e produtos oferecidos na concessão dos empréstimos: R$ 100,00

Saldo final: R$ 1.020,00

A renda mensal fica reduzida a quase 50% do salário liquido, mas as despesas continuam com os mesmos valores do inicio do processo, então como sair desse buraco?

Nos casos como o citado é necessário que seja efetuado com urgência um planejamento financeiro, de maneira severa.

Mas somente a reestruturação das despesas pode não ser suficiente para resolver a situação, pois o comprometimento da renda está muito alto e as alternativas para reduzir o custo dos juros já foram extintas. Nesses casos é necessário a venda de um bem, ajuda de outra pessoa da família ou aumento da renda.

Podemos perceber que a incorreta utilização de linhas de crédito sem um planejamento pode levar uma pessoa sem nenhuma dívida a um colapso financeiro. Por isso o planejamento financeiro é tão importante em nossas vidas e a melhor situação em que você pode estar é a de credor, mas ciente que sempre existirá o devedor.

Dívidas: o que devo quitar primeiro?

Em conseqüência de uma fase muito difícil, onde todos os tipos de contratempos e adversidades acometem nossas vidas ou simplesmente nos descontrolamos financeiramente, a renda mensal deixa de ser suficiente para suprir as necessidades rotineiras e por conseqüência as dívidas vão acumulando cada vez mais. Quando conseguimos visualizar a grande enrascada em que nos encontramos e após uma análise muita rigorosa, começamos a buscar alternativas para resolver a situação.

O grande problema de se estar endividado é a diminuição da renda mensal ocasionada pelas parcelas dos empréstimos e pelos juros do cheque especial e do cartão de crédito. Qual a única saída para isso? Só temos duas opções: reduzir os gastos ou aumentar as receitas.

A redução dos gastos deve ser rigorosa, o que normalmente é muito difícil, pois não conseguimos abdicar facilmente de alguns mimos ou nos reeducarmos em relação a costumes ou manias. Neste processo deve se buscar a redução em todos os quesitos que compõem os custos mensais, individuais ou da residência. Portanto as contas de consumo, os gastos com supermercado, com combustível e até com higiene pessoal (cabeleireiro ou manicure), devem ser repensados e reduzidos.

A alternativa à redução de custos é o aumento das receitas. Isso pode ser alcançado com a execução de horas extras, com uma promoção ou com um novo emprego ou atividade. Mas cabe lembrar que aumentar as receitas e manter padrões de consumo indevidos te levará a mesma situação em curto espaço de tempo.

Com o aumento das receitas ou redução de custos o que devo quitar primeiro?

O roteiro básico de endividamento é a utilização do cheque especial, o atraso ou pagamento do mínimo da fatura do cartão, para resolver a situação contrata-se um empréstimo pessoal para cobrir o cartão de crédito e o cheque especial, mas como os custos se mantêm a reutilização do limite de cheque especial e do cartão de crédito é inevitável.

O mesmo roteiro deve ser seguido para a redução ou quitação das dívidas contraídas. A primeira opção é quitar o produto que possui a maior taxa de juros, portanto o cartão de crédito e o cheque especial. Somente após quitar totalmente estes dois produtos é que devemos nos preocupar em saldar os empréstimos pessoais.

Cabe ressaltar que se existirem contas de consumo de água ou luz em atraso, elas devem ser a prioridade, pois são serviços essenciais para a nossa rotina diária. No caso de telefone, internet ou TV a cabo, são confortos que podem esperar a quitação de todas as dívidas e a estabilização do orçamento doméstico.

Crédito é algo muito importante e imprescindível nos dias atuais, mas deve ser utilizado com muita consciência e responsabilidade.

Você tem o controle da sua vida financeira?

Planilha de Planejamento Orçamentário

Existem diversas planilhas para acompanhamento e planejamento financeiro disponibilizadas na internet, mas até hoje não encontrei nenhuma que atendesse todas as minhas necessidades.

Devido a isso criei em 2005 uma planilha para que pudesse visualizar facilmente todas as despesas que compõem meu orçamento mensal.

Anualmente fui atualizando e aprimorando a planilha, mas estou ciente que ainda é possível melhorá-la ainda mais.

Estou disponibilizando o link de armazenamento da planilha, espero que aqueles que efetuarem o download compartilhem suas opiniões, positivas ou críticas, para que em conjunto possamos adequá-la o suficiente para atender as nossas expectativas.

Planilha_Estabilidade_Financeira Excel 2007

Planilha Estabilidade Financeira Excel 97-2003

Endividamento: roteiro básico

falênciaQuem não está, certamente conhece alguém que se encontra totalmente endividado, com as finanças no vermelho e sem a menor perspectiva de sair dessa situação.

Mas como uma pessoa pode chegar a essa condição? Quais os motivos que ocasionam esse cenário?

Vários acontecimentos podem levar uma pessoa ao total endividamento, como problemas graves de saúde na família, insucessos na tentativa de abrir um negócio próprio, separação conjugal, entre outros.

Mas esses como outros fatores são eventualidades e não podem ser previstos ou dimensionados, mas existe um tipo de devedor que segue um roteiro básico de endividamento ocasionado pelo mau uso das diversas modalidades de crédito disponibilizadas pelas instituições financeiras em conjunto com a falta de planejamento ou disciplina financeira.

Para traçar o roteiro vamos considerar uma pessoa com trabalho estável com uma renda de R$2.000,00 e sem nenhuma dívida em curso.

Passo 1 – As receitas mensais começam a ser insuficientes para pagar todas as despesas , devido ao aumento nas  já existentes ou pelo aparecimento de novas despesas desnecessárias;

Passo 2- Para suprir o déficit mensal começa a ser utilizado o limite de cheque especial de maneira constante, aumentando ainda mais o problema devido aos juros cobrados;

Passo 3- As compras são direcionadas para o cartão de crédito, mas devido à falta de recursos somente é efetuado o pagamento mínimo do valor da fatura. Novo agravamento da situação, devido aos juros;

Passo 4- Em contato com o banco na busca de resolver o problema do cheque especial e do cartão de crédito é aconselhado a contratar um empréstimo pessoal a juros inferiores ao do cartão e do cheque especial. Se considerarmos as taxas de juros dos produtos citados a solução encontrada é viável, mas com as facilidades oferecidas o cliente abusa e contrata um valor maior do que seria necessário para a cobertura do cheque especial e pagamento do cartão de crédito;

Passo 5- Mesmo resolvendo o problema do cheque especial e do cartão de crédito, isso é apenas paliativo, pois a grande questão e diminuir as despesas ou aumentar as receitas, o que não foi equacionado.

Passo 6- Como as despesas não foram reduzidas e sim as receitas, devido a parcela do empréstimo contratado, o ciclo inicia-se novamente até o ponto que não será possível efetuar o empréstimo devido ao percentual máximo de comprometimento da renda, que é de 30% e no nosso exemplo resultaria numa parcela de R$ 600,00;

Passo 7- Após poucos ou vários ciclos contínuos como o citado nos passos anteriores o nosso devedor encontra-se na seguinte situação:

Salário Liquido: R$ 2.000,00

Parcelas de empréstimos pessoais: R$ 600,00

Juros do cheque especial com limite de R$ 1.500,00 e utilização total: Cerca de R$ 120,00 (taxa de 8% a.m.)

Juros do cartão de crédito com limite de R$ 2.000,00 e pagamento do mínimo (20% do valor da fatura): R$ 160,00 (taxa de 10% a.m.)

Tarifas cobradas e produtos oferecidos na concessão dos empréstimos: R$ 100,00

Saldo final: R$ 1.020,00

A renda mensal fica reduzida a quase 50% do salário liquido, mas as despesas continuam com os mesmos valores do inicio do processo, então como sair desse buraco?

Nos casos como o citado é necessário que seja efetuado com urgência um planejamento financeiro, de maneira severa.

Mas somente a reestruturação das despesas pode não ser suficiente para resolver a situação, pois o comprometimento da renda está muito alto e as alternativas para reduzir o custo dos juros já foram extintas. Nesses casos é necessário a venda de um bem, ajuda de outra pessoa da família ou aumento da renda.

Podemos perceber que a incorreta utilização de linhas de crédito sem um planejamento pode levar uma pessoa sem nenhuma dívida a um colapso financeiro.

Leia também:

Cheque especial: Quando se torna extensão do salário.

Você é credor, devedor ou inadimplente?

Juros nunca! Mas senão tem jeito, então o menor.

calculandoA data de crédito do pagamento é para muitos brasileiros um dia com sentimentos opostos.

Mas como?

A explicação é simples, nesse dia temos a definição exata de como anda a nossa vida financeira, pois se antes do crédito você percebe que além do valor que você aplica mensalmente é possível aplicar as sobras do mês anterior, que alegria.

Mas se você recebe seu salário, paga todas as despesas e percebe que o dinheiro acabou e se lembra que agora faltam 29 dias para receber novamente, a sensação é horrível.

Qual é solução para escapar dessa situação?

Muitos têm como alternativa a utilização do limite do cheque especial, o cartão de crédito ou cheques pré-datados, só que estas alternativas não resolvem o problema, mas o agravam ainda mais. Se os recursos já são insuficientes para cobrir todas as despesas o que acontece quando você ainda acrescenta juros bancários?  As despesas só aumentam.

Para que o problema não se torne crônico a postura correta é analisar friamente todas as despesas e cortar todos os gastos possíveis, ou seja, planejamento financeiro.

Mas e as dívidas já contraídas, como o cheque especial e o cartão de crédito?

A primeira providência é reduzir o custo dos juros no orçamento, transformando essas dívidas que cobram taxas de juros entre 9% e 15% a.m. num empréstimo pessoal com taxas que variam de 1,5% a 5% a.m. dependendo do perfil do cliente.

Na prática essa mudança somente será “sentida” ao final do parcelamento, pois você está trocando o pagamento dos juros do cheque especial e do cartão pela amortização da dívida. EX. Se você deve R$ 1.000,00 no cheque especial à taxa de 9% a.m., mensalmente você paga R$ 90,00 de juros e continua com a dívida de R$ 1.000,00. Optando por um empréstimo a uma taxa de 4,5% a.m. você pagará 18 parcelas de aproximadamente R$ 90,00 (o mesmo valor dos juros), mas a dívida estará quitada no final do empréstimo.

Mas lembre-se que se você optar pelo parcelamento, mas voltar a utilizar o limite do cheque especial ou o crédito rotativo do cartão a sua dívida era dobrar.

Ter crédito é ótimo, mas somente se usado com planejamento e consciente do impacto no seu orçamento mensal.

Você é Credor, Devedor ou Inadimplente?

Devedor

Como todas as áreas o sistema bancário possui um vocabulário próprio com termos específicos e siglas que somente são entendidas por aqueles que utilizam diariamente os serviços oferecidos pelos bancos ou financeiras ou que trabalham nessas empresas.

Na rotina diária de um banco siglas como DOC, TED, AD, TAC * entre outras são utilizadas com naturalidade e com total compreensão entre os usuários dos serviços bancários.

E você está familiarizado com este vocabulário ou é como se fosse outro idioma?

As siglas acima são apenas abreviações de serviços oferecidos e tarifas cobradas pelas instituições financeiras, mas existem denominações que mesmo sem estarem abreviadas não são totalmente compreendidas entre todos os usuários do sistema.

Quais são as definições de credor e devedor?

Qual a diferença entre devedor e inadimplente?

Primeiramente veremos  qual a definição destas palavras conforme o dicionário Aurélio.

CREDOR: 1. Merecedor, digno. 2. Aquele a quem se deve dinheiro ou outra coisa.

DEVEDOR: 1. Que deve 2. Que constitui débito. 3. Aquele que deve.

INADIMPLENTE: Diz do devedor que incorre em inadimplência.

INADIMPLÊNCIA: Falta de cumprimento de um contrato ou de qualquer de suas condições.

As definições acima explicitam muito bem o que significa cada uma das palavras no sistema financeiro, mas para conotar ainda mais o significado vamos definir os termos especificamente para o sistema bancário.

CREDOR – é aquele que possui saldo positivo em conta corrente ou é detentor de aplicações junto ao banco onde é correntista ou poupador;

DEVEDOR – é aquele que utiliza recursos da instituição financeira por qualquer uma das diversas modalidades de crédito oferecidas pelos bancos. É o individuo que utiliza o cheque especial, o limite rotativo do cartão de crédito, possui financiamento ou empréstimo pessoal, ou seja, aquele que paga juros ao banco pela utilização de recursos que na são seus;

Agora o que muitos não sabem é que os bancos são apenas intermediários entre os credores e os devedores, pois recebem por meio de depósitos o dinheiro dos credores, mantidos em conta ou em aplicações remuneradas e emprestam aos devedores por meios de diversas linhas de crédito cobrando juros sobre esses valores.

Portanto só existe credor se existir o devedor e vice-versa.

E quanto ao Inadimplente, quem é ele?

A inadimplência é o estágio que nenhum devedor almeja atingir, pois se trata da condição de incapacidade de pagamento dos créditos tomados junto aos credores, ou seja, a falta de cobertura do saldo devedor o atraso no pagamento da fatura do cartão ou das parcelas do empréstimo.

Quem em perfeito juízo gostaria de chegar nesta condição?

Por isso o planejamento financeiro é tão importante em nossas vidas e a melhor situação em que você pode estar é a de credor, mas ciente que sempre existirá o devedor.

* DOC – Documento de crédito; TED – Transferência eletrônica Disponível;                  AD – Adiantamento a depositantes; TAC – Tarifa de abertura de crédito

Você compra por impulso ou analisa o custo/beneficio?

compras

No atual estágio da sociedade um problema freqüente, quando não é caso de psicólogo, é a necessidade crescente de consumir os produtos disponibilizados no mercado.

Os avanços tecnológicos são em muitos casos, o principal motivo para se efetuar compras desnecessárias, pelo simples sentimento de posse de novos equipamentos, com mais recursos e sofisticação.

Os maiores exemplos desta “loucura” consumista são os aparelhos celulares e os notebooks ou a onda do momento os netbooks.

Quantas vezes você troca de celular por ano?

Se a resposta é mais de uma, você tem que começar a se cuidar.

É cada vez mais freqüente as pessoas possuírem duas ou três linhas (chips) de telefonia celular, motivadas pelas promoções e facilidades. Atualmente temos várias opções de aparelhos que funcionam simultaneamente com dois até quatro chips de operadoras distintas. Mesmo com essa opção não é difícil encontrar pessoas com dois ou até três aparelhos andando pela rua. Além das promoções outra explicação é que um é do trabalho, outro a namorada que presenteou e por ai vai.

Esse mesmo público troca sucessivamente de aparelhos, toda vez que é lançado um novo modelo com mais recursos. Mas é realmente necessário? Os novos recursos são utilizados, ou servem apenas para justificar o desejo de possuir algo antes que muitos?

No caso dos Note/Netbooks a motivação ou justificativa é a mobilidade, a possibilidade de carregar todos seus arquivos, trabalhos, fotos, etc, para qualquer lugar quando quiser.

É verdade que um computador portátil é muito útil e vários ramos profissionais já são dependentes deste recurso, mas se o individuo trabalha das 8:00Hs às 17:00Hs e não utiliza no exercício da sua função, qual a necessidade de um note/netbook? Provavelmente irá utilizá-lo dentro de sua casa, no seu quarto ou eventualmente num passeio ou casa de um amigo. Mas mesmo sem a necessidade a compra é efetuada, sendo que na maioria das vezes a pessoa já possuía um computador em casa.

Mas se antes de comprar você fizer algumas perguntas simples e diretas, e responde-las com sinceridade, será que a compra será efetivada?

– Qual a real necessidade de comprar?

– É o momento correto de comprar?

– Essa oferta é realmente imperdível?

Recentemente passei por essa experiência. Quando decidi montar este blog, no fim do mês de julho, a primeira idéia seria adquirir um notebook e um aparelho de modem móvel para acessar a internet em qualquer lugar sem problemas, visando a sua atualização no menor tempo possível. Já estamos no mês de outubro e ainda não comprei os equipamentos, continuo utilizando meu desktop em casa e mesmo com várias ofertas que apareceram, algumas quase finalizei a compra, me contive graças às perguntas acima.

Portanto é possível conter o consumo desnecessário, mas isso depende de cada um, da honestidade consigo mesmo e a consciência que dinheiro não dá em árvore nem brota no chão. Nosso dinheiro é suado e devemos direcioná-lo para aquilo que realmente nos trará benefícios e não apenas satisfação.

 

Romário: Um novo Garrincha?

homementerradoA vida te felicita com a possibilidade de ganhar muito dinheiro em pouco espaço de tempo, quer seja por meio de sorteio de loteria ou um grande negócio financeiro ou comercial.

Com muita grana você resolve comprar o carro com que sempre sonhou, aquela casa maravilhosa na praia, um belo sitio e uma magnífica casa no condomínio mais luxuoso e requintado da cidade.

Mas será que essa realidade vai durar para sempre?

Onde você investiu o dinheiro?

Os rendimentos serão suficientes para cobrir todos os custos dos bens adquiridos?

Por mais dinheiro que se ganhe, se você não administrar corretamente o orçamento, ou seja, as receitas e as despesas corre o risco de retornar ao ponto inicial, ou pior ainda, descer ainda mais seu padrão de vida.

Não temos nenhuma dificuldade para encontrar vários casos de pessoas famosas que mesmo após acumularem grandes fortunas vêem seus patrimônios drasticamente reduzidos ou perdem tudo e enfrentam grandes  dificuldades financeiras, chegando a depender de terceiros para sobreviverem.

Recentemente foi noticiado o caso do Herói do tetracampeonato mundial brasileiro, o jogador Romário, que em virtude de dívidas acumuladas terá seu apartamento leiloado. Será que teremos outro Garrincha no futebol Brasileiro? Uma das mais celebres histórias do nosso futebol, que se tornou até livro conta a trajetória de Mané Garrincha, um gênio da bola que para muitos foi melhor que Pelé, experimentou o sucesso, a glória, o dinheiro e viveu seus últimos dias solitário, doente e pobre.

O futebol é farto nesse histórico, onde ainda podemos citar os jogadores Ezequiel, ex-Corinthians e Jorge Mendonça, já falecido, craque da década de 80 no Guarani e Palmeiras.

Outro famoso caso é o do Rei do Pop, Michael Jackson, que devido a diversas extravagâncias e processos judiciais teve um patrimônio de centenas de milhões de dólares transformado em dívidas que chegam a U$ 500 milhões (cerca de R$ 900 milhões).

Se efetuarmos uma pesquisa profunda perceberemos que são muitos os casos de indivíduos que ganharam fortunas e devido a má administração desses recursos findam seus dias sem nenhum glamour ou na miséria.

Nos casos de famosos um padrão é seguido à risca: Fama e dinheiro junto com o total despreparo psicológico resultam na falsa sensação de que a fama e o estrelato nunca irão acabar, que você é intocável e que nunca acabarão os aplausos e reverências, mas um dia tudo pode desmoronar.

Portanto independente da quantia de recursos disponível é necessário um planejamento financeiro visando um equilíbrio constante entre as receitas e despesas, para que a fonte nunca seque.

Em complemento aos fatos citados, hoje (01/10/2009) dia do idoso  o programa Mais Você, da Rede Globo apresentado por Ana Maria Braga levou ao ar uma reportagem sobre o cantor e dançarino Edgar de Almeida Negrão de Lima, conhecido mundialmente como Bob Lester. Aos 96 anos o artista iniciou sua carreira na banda que acompanhava Carmen Miranda e também trabalhou com Frank Sinatra. Retornou ao Brasil em 1956, trazendo consigo uma pequena fortuna de U$ 350.000,00, a qual foi delapidada com boêmia e má adminstração. Hoje vive com pequenas apresentações nos calçadões das praias cariocas além do Auxílio do Rei Roberto Carlos, que arca com as despesas de moradia.

Veja a reportagem completa.

O que você acha?

Quando economizar se torna um vício!

Tio Patinhas Você pode se encaixar nesse dilema ou conhecer alguém que preencha a descrição abaixo.

Quando as finanças de alguém estão completamente no vermelho a auto-estima da pessoa é baixa, pois quando não é possível fazer o que se gosta, comprar aquele bem tão precioso ou atender um pedido da família somos acometidos por uma sensação de impotência, de incapacidade que torna nossa vida frustrante.

Muitos consideram esse fato como culpa do destino, fatalidade e não se esforçam para inverter o quadro, enquanto outros encaram o problema de frente, reavaliam suas vidas e se propõem a efetuar uma mudança radical em seus costumes e paradigmas. Quando esse processo é bem sucedido o individuo, que antes era um devedor, torna-se um aplicador, com as finanças pessoais bem equilibradas, sempre considerando os benefícios de aplicar uma parte dos seus rendimentos, com base num bom planejamento e com objetivos bem definidos.

Mas existe um grupo de pessoas que extrapolam e confundem planejamento e objetivos definidos com necessidade constante de economizar dinheiro.

Essa distorção pode igualar uma pessoa com uma boa quantia economizada e com sobras no seu orçamento com outra totalmente endividada.

A resposta é simples: se você não tem dinheiro existe a insatisfação de não poder consumir, ou pelo menos pagar todas suas despesas em dia, mas quando você tem a possibilidade de comprar aquilo de deseja e não o faz porque a sua “obrigação” de economizar dinheiro para o futuro é maior a insatisfação, ou o remorso podem aparecer nesse “futuro” para o qual você tanto poupou, onde você percebe que tem dinheiro, muitas vezes de sobra, mas não tem mais saúde, companhia ou desejo de fazer o que antes era tão desejável.

Quem não conhece uma pessoa com idade avançada que possui muitos bens, dinheiro aplicado, que poupou tudo o que era possível, mas não usufruiu como deveria desse patrimônio e agora já velhinho não tem mais nada que fazer.

Economizar dinheiro baseado em objetivos bem definidos com planejamento, descartando gastos, realmente, desnecessários está correto. É necessário distinguir consumo de consumismo. Uma pessoa equilibrada na questão emoção/razão dificilmente será consumista, pois saberá dosar o desejo de comprar e a hora de comprar, diferente do individuo consumista, que simplesmente compra aquilo que deseja, sem pensar se pode ou não, se lhe trará benefícios ou é apenas um fetiche de consumo.

Portanto na questão de economizar dinheiro não podemos ser oito nem oitenta, deve existir um equilíbrio constante entre o momento de poupar e quando satisfazer um desejo pessoal ou da família.

Efetuar um bom planejamento financeiro não significa abdicar de viver e usufruir as alegrias que a vida pode proporcionar.

Qual a sua opinião?